ASSALTOS

EXIGIMOS MAIS SEGURANÇA AOS NOSSOS TRABALHADORES…

A diretoria do Sindicato está intensificando as reuniões com os Comandos da Polícia Militar para tentar  garantir um pouco mais de segurança aos nossos trabalhadores. A violência que abate desesperadamente o nosso País, pega de cheio a categoria rodoviária que fica exposta ao convívio diário com toda sorte de criminalidade.
Nestes últimos anos, inúmeros pais e mães de família foram atingidos em cheio pela escória da nossa sociedade, perdendo a vida ou a saúde. A última vítima foi o companheiro José Macilon Santana de Sá, de 37 anos, motorista da Viação Guaianazes. Até o fechamento desta edição, o rodoviário seguia internado, lutando pela própria sobrevivência.

Até quando teremos que suportar isto?
Falta dinheiro, sobra terror…

Ao obrigar o cobrador ou o motorista colocar o dinheiro no cofre, o patrão está pensando apenas na segurança do seu lucro, mas onde está segurança dos rodoviários? Onde está a segurança dos usuários? O ladrão não pensa duas vezes  para se tornar um assassino. Ele quer dinheiro, se não encontra ele quer se vingar e aí a bomba sempre estoura em cima dos trabalhadores.
Faz anos que o companheiro Chicão – presidente do nosso Sindicato – pede que seja criado um sistema de segurança para o motorista e o cobrador. Isto é possível, mas até agora nada mudou.

É necessário fazer o Boletim de Ocorrência (BO)

Para que a polícia possa “mapear” as regiões de maior índice de criminalidade, é necessário que se faça o Boletim de Ocorrência. Além disso, esta é a única forma de garantir o bolso do trabalhador, pois os cobradores e os motoristas não têm que pagar nada em relação aos assaltos que acontecem frequentemente.
Nós temos esta cláusula garantida na nossa Convenção Coletiva de Trabalho (cláusula 20) que isenta os companheiros e companheiras de qualquer responsabilidade nesta questão. Mas, atenção, o companheiro (a) não deve deixar de fazer o BO (Boletim de Ocorrência) logo após o assalto acontecer, e ter duas testemunhas, uma pode ser o próprio motorista.
Além disso, não é permitido por Lei (está na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho) nenhum desconto em folha de pagamento que não seja autorizado. O risco do negócio é do empresário e não do trabalhador. É inadmissível que o rodoviário tenha que pagar duas vezes por esta violência
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O trabalhador é roubado duas vezes…

O mais absurdo desta situação caótica é que o cobrador e o motorista são assaltados, corre o risco de perder a vida e, em seguida, é assaltado na empresa, quando é obrigado por alguns empresários a pagar o valor do assalto.
Não dá para aceitar certas atitudes de algumas empresas. A cada dia perdemos um companheiro ou uma companheira. São inúmeros aqueles que deixaram famílias inteiras desamparadas. Quem obriga o cobrador ou o motorista se responsabilizar pela perda do assalto, também está roubando, pois o salário suado deste trabalhador provavelmente sustenta diversas pessoas.

Rodoviários, não paguem assaltos, peças ou batidas. Qualquer problema compareça no Sindicato com o
BO que nós vamos à luta. Lei e Convenção Coletiva de Trabalho existem para serem cumpridas!