Alergia ao cloro de piscina em crianças

A natação é a modalidade de esporte mais recomendada para pacientes com asma, com o objetivo de evitar as crises e até mesmo fazer com que a doença melhore. Na realidade, a maioria das modalidades esportivas, individuais ou coletivas, contribui para o desenvolvimento global da criança e do adolescente asmático.

Para pacientes com alergia respiratória, a natação pode ser benéfica quando praticada em ambiente quente e úmido e em piscinas que utilizam métodos como a ozonização ou a radiação ultravioleta para a desinfecção da água. Em piscinas tratadas com cloro, os gases cloraminas (substâncias tóxicas resultantes da reação do cloro com impurezas da água) irritam a mucosa das vias aéreas, causando crises de tosse e chiado, principalmente nas crianças mais sensíveis e nos lactentes.

O cloro funciona como irritante das mucosas (respiratória, ocular) ou da pele e pode desencadear crises de asma, rinite alérgica e dermatite. Nas investigações realizadas com nadadores que frequentavam piscinas cloradas, constatou-se que o risco de desenvolver asma e rinite foi maior naqueles que apresentavam sensibilização alérgica, aumentando a probabilidade dessas doenças respiratórias em até 3 vezes quando eles nadavam por períodos prolongados.

Há vários métodos que podem ser empregados para desinfecção da água nas piscinas:

– a ionização com cobre e prata, que tem como inconveniente a toxidade destes metais pesados para a saúde;
– a radiação ultravioleta, que é capaz de inativar microrganismos;
– o ozônio (gás natural) combate bactérias, algas, fungos e vírus e é considerado o mais eficaz e seguro método de tratamento de água;
– uma associação de vários métodos, com a aplicação mínima de cloro, também funciona.

Quando a natação pode ser um problema?

Além da exposição ao cloro propriamente dita, a atividade física intensa da criança promove uma respiração mais rápida, não permitindo que o ar seja aquecido e filtrado pelo nariz. Este ar frio e seco pode desencadear a contração dos brônquios e levar ao chiado.

Para crianças com alergia respiratória, o exercício aquático desenvolve a coordenação motora, o controle respiratório e a sociabilidade, podendo atuar como atividade fisioterápica. Porém, é essencial que seja em piscina com boa ventilação, com normas de higiene que sigam protocolos e métodos de desinfecção menos irritantes, promovendo um ambiente interno e externo salubre.

A cloração de piscinas também pode provocar irritação cutânea e coceira. O cloro em concentração exagerada funciona como irritante da pele. Os vapores do cloro flutuantes na superfície da água desencadeiam um ressecamento intenso.

Crianças com dermatite atópica (alergia na pele) apresentam distúrbios na barreira cutânea, com diminuição de gorduras estruturais. O cloro pode diminuir ainda mais esta gordura natural da pele. O xampu (que tem detergente) também retira a gorduras naturais que se formam nas glândulas sebáceas.

A utilização de cremes que contenham ceramidas e gorduras estruturais, e a diminuição na quantidade e periodicidade do uso de xampus minimizam os efeitos do cloro na pele.

Nesta situação específica da criança com alergia na pele, os banhos de imersão podem agravar o quadro. É importante perguntar quais os métodos utilizados pela instituição (clube, academia ou escola) para tratamento da água da piscina e verificar se eles estão dentro das normas preconizadas pela vigilância sanitária.

Comentário: com a entrada do verão é importante lembrar a questão que algumas crianças irão freqüentar piscinas de clubes e nesse caso pode haver cloro e a criança não deverá ser proibida do laser que esses clubes oferecem, pois isso ocorrerá de forma  esporádica, mas se a criança for praticar natação, as orientações acima deverão ser seguidas.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria  Departamento de Alergia e Imunologia.

Comentário: Dra. Francisca Rosangela A. Castro- Pediatra, Alergista e Pneumologista Infantil

Prevenção de Afogamento

Dicas de segurança para criança freqüentar piscina:

Segundo  o Conselho Científico de Segurança da Criança e  Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria:

1) A área de piscina deve estar cercada por uma grade de proteção de, no mínimo, 1,20 metro de altura, sendo trancada por portões automáticos (para que a criança não possa destravar essa porta de segurança);

2) Quando não estiver em uso a piscina tem que ser coberta por uma estrutura de material resistente, que seja capaz de suportar um peso de, pelo menos, 120 quilos, para não ceder.

3) O piso em volta da piscina tem que ser anti-derrapante para evitar quedas e escorregões;

4) Piscinas plásticas, de uso doméstico, quando não estão em uso devem ser guardadas sem água. Atenção porque um acúmulo de 30 centímetros de água são suficientes para afogar uma criança;

5) Se a criança tiver menos de 4 anos, tem que ter sempre um adulto perto dela, de preferência dentro da água, ou muito perto, ao alcance dos braços. Esse adulto tem que estar lúcido, não pode estar embriagado, e tem que estar totalmente dedicado a cuidar dessa criança;

6) É importante que na piscina tenha algum adulto capacitado para atendimento de primeiros socorros;

7) O uso do maquinário de manutenção e limpeza da piscina devem estar desligados enquanto as crianças estiverem na água;

8) Sobre o uso de equipamentos de segurança: Para uma criança com menos 4 anos, ela deve sempre estar usando um colete salva vidas de tamanho apropriado. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, neste caso o colete é melhor do que a bóia de braços, porque para eles, a bóia de braço pode ser facilmente retirada pelas crianças. Eles recomenda que essas crianças com menos de 4 anos usem o colete, mesmo que já tenham alguma noção de natação. Eles dizem para nunca usar as bóias “tipo pneu” porque elas não garantem a flutuação e podem escorregar do corpo da criança.

Segundo a ONG Criança Segura:

Dicas de Prevenção – Afogamento

No Brasil, afogamentos são a segunda causa de morte e a sétima de hospitalização, entre os acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010, 1.184 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos, o que representa uma média diária de quase 3 óbitos. É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco. Assim elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes, banheiras e vasos sanitários.

Outro fator que contribui para que o afogamento seja um dos acidentes mais letais para crianças e adolescentes é que o mesmo acontece de forma rápida e silenciosa. Vamos imaginar um banho de banheira de um bebê:

• Ao deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança fique submersa;
• Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;
• Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro.

Como proteger a criança de um afogamento

Um adulto deve supervisionar de forma ativa e constante as crianças e adolescentes, onde houver água, mesmo que saibam nadar ou que os lugares sejam considerados rasos. Seguem algumas dicas para prevenir afogamentos com crianças:

• Esvazie baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guarde-os sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças;
• Mantenha baldes com água no alto, longe do alcance das crianças;
• Conserve a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrada com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou mantenha a porta do banheiro trancada;
• Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”;
• Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos;
• Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;
• Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água;
• Evite brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água;
• Saiba quais amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando levar a criança para visitá-los, certifique-se de que será supervisionada por um adulto enquanto brinca na água;
• Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. Eles podem estourar, virar a qualquer momento e ser levados pela correnteza. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas quando estiver em embarcações, próxima a rios, represas, mares, lagos e piscinas, e quando estiver praticando esportes aquáticos;
• Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
• Muitos casos de afogamentos aconteceram com pessoas que achavam que sabiam nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
• No mar, a vala aparenta uma falsa calmaria, mas representa o local de maior correnteza que leva para o alto mar. Ensine a criança a nadar transversalmente à vala até conseguir escapar ou a pedir socorro imediatamente;
• O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas 5 minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de crianças aprendam técnicas de primeiros socorros;
• Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência (SAMU: 192 e Corpo de Bombeiros: 193).

Ensine a criança:

• Sempre nadar com um companheiro. Nadar sozinho é muito perigoso;
• Respeitar as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e verificar as condições das águas abertas;
• Não brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água ou simular que está se afogando;
• Saber ligar para um número de emergência e passar as informações de localização e do que está acontecendo em caso de perigo.

Saiba mais: 

Algumas características do desenvolvimento contribuem para que crianças pequenas fiquem mais vulneráveis a afogamentos.

• Diferentemente dos adultos, as partes mais pesadas do corpo da criança pequena são a cabeça e os membros superiores. Por isso, elas perdem facilmente o equilíbrio ao se inclinarem para frente e consequentemente podem se afogar em baldes ou vasos sanitários;
• O processo de afogamento é acelerado pela pequena massa corporal da criança;
• As crianças não têm maturidade, nem experiência para sair de uma situação de emergência;
• Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos responsáveis. Um mero descuido basta para que um afogamento ocorra.

Fonte:Conselho Científico de Segurança da Criança e Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.  

Dra Francisca Rosangela A. Castro –  Médica Pediatra, Alergista e Pneumologista Infantil

Reeducação alimentar previne a obesidade na infância

A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou esse mês um boletim sobre obesidade na infância. O grande número de crianças acima do peso levou os Ministérios da Saúde e da Educação a lançarem a primeira  edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, cujo foco é prevenção da obesidade em crianças e adolescentes.
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada em 2008 e 2009 pelo IBGE, uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos pesa mais do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde OMS e pelo Ministério da Saúde. (mais…)

INVERNO: ÉPOCA DE CRISE ALÉRGICAS

Doenças alérgicas como Asma e Rinite Alérgica, são bastantes comuns, principalmente em crianças. Sua prevalência, ou seja, o surgimento de novos casos, vem aumentando.

Vivemos em uma civilização em desenvolvimento e mudanças climáticas, poluição, alimentos cada vez mais industrializados, entrada precoce das crianças em creches, desmame precoce e outros fatores potencializam esse aumento de casos.

na época de inverno, crianças e adultos passam a apresentar mais exacerbações (crises) dessas, principalmente quando não estão sendo adequadamente tratados, causando idas mais frequentes a emêrgencias médicas alem do uso de várias medicações de urgência, prejudicando suas atividades diárias com faltas à escola e /ou trabalho.

O tratamento e acompanhamento das doenças alérgicas devem ser feitos por médicos especialista, que irá avaliar o melhor tratamento para cada paciente, orientando sobre o uso correto das medicações e o que fazer em caso de crise. Dessa forma, o paciente estará preparado para enfrentar suas crises e conviver bem com sua doença, uma vez que doenças alérgicas são doenças crônicas, que necessitam de tratamento a longo prazo. O objetivo do tratamento é fazer com que o paciente alérgico tenha uma vida normal ou bem necessitam de tratamento a longo prazo. O objetivo do tratamento é fazer com que o paciente alérgico tenha uma vida normal ou bem próxima disso.

Dra. Francisca Rosângela Araújo Castro                                                               www.alergiapneumologiainfantil.com.br
Sociedade Brasileira de Pediatria

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PEDIATRA NO SINDICATO
A Dra. Francisca Rosângela, pediatra, é também alergista e pneumologista na área infantil. A médica atende das 14 às 18 horas, na sede do Sindicato. Ligue e marque a consulta da sua criança.

 

SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO

Do dia 01 ao dia 07 de agosto é comemorado em cerca de 150 países a semana mundial da amamentação.

Aqui no Brasil, a campanha Nacional da amamentação terá abertura hoje, dia 02 de agosto, no Recife.

A madrinha da campanha esse ano é a pernambucana Wanessa Cristina da Silva de 30 anos, técnica de enfermagem, casada com Leonardo Luiz da Silva, cobrador de ônibus. Ela nos conta que teve dificuldades para amamentar, assim como muitas outras mães têm, mas que teve suas dificuldades e dúvidas superadas pela orientação recebida na maternidade onde seu bebê nasceu, um Hospital Amigo da Criança, e pode dar ao seu filho o que há de melhor: “leite materno”!!

Amamentar é muito mais que alimentar a criança, é um importante passo para uma vida saudável

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Dra. Francisca Rosângela Araújo Castro                                                               www.alergiapneumologiainfantil.com.br
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