Campanha do Beijo Salgado

Clique no vídeo abaixo para saber sobre a campanha “Doença do Beijo Salgado” que afeta principalmente o pulmão, pâncreas e glândulas do suor!

E doença chamada Fibrose Cística, também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é uma doença crônica, que acomete vários órgãos. É causada por uma alteração no transporte do íon cloro nas células das glândulas exócrinas. Essa alteração é de transmissão genética, por tanto não é uma doença contagiosa, para saber mais sobre a doença leia no link  http://www.beijosalgado.com.br

Fonte: Dra. Francisca Rosangela A. Castro –médica alergista, pneumologista infantil

Campanha Doença do Beijo Salgado-Roche

DIA DA CRIANÇA:O QUE FAZ UMA CRIANÇA FELIZ?

A SBP, SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, PUBLICOU UMA ENTREVISTA QUE MOSTRA O QUE FAZ UMA CRIANÇA FELIZ.

Foram entrevistadas 1.525 crianças de 4 a 10anos de idade, de todas as classes econômicas, em 131 municípios. A pesquisa feita pelo DATAFOLHA, com base no instrumento de avaliação de qualidade de vida adaptado para pesquisadores.

O resultados mostraram que o que faz uma criança feliz é o dia do seu aniversário (96% das respostas), praticar esportes (94% das respostas), brincar com os amigos (92%), as férias escolares (91%)  e  assistir TV(90%).

“Podíamos até intuir essas questões, mas agora foi dito pelas próprias crianças, não se trata de estudo de pediatra, pedagogo ou psicólogo. O principal é o afeto.” assinala a dra. Sandra Grisi, diretora da SBP e coordenadora da pesquisa.  “-O que faz a criança feliz não é o brinquedo, é brincar, é conviver com a família e amigos. Os pequenos não são consumistas.” salienta o dr. Eduardo Vaz, presidente da SBP.  “-Criança gosta de estar com criança. Até por isso fica tão feliz no aniversário.” frisa o dr. Fabio Ancona, vice-presidente da SBP, se referindo também ao fato de que 47% dos consultados informaram que ficam “tristes” ou “muito tristes” quando brincam sozinhos e ficam longe da família.

O aniversário é mais uma representação do laço de carinho, momento de ganhar abraço, beijo, parabéns, atenção. “- É quando tem todos os amigos brincando comigo.”  diz Júlia, de sete anos, estudante de escola particular no Rio de Janeiro. “-Gosto porque meto a cara no bolo.” define o irmão sapeca, Rafael, do alto de seus quatro anos. “- A gente se diverte, ganha presente e parabéns.”  frisa Diego, 10 anos, estudante de escola pública, na Rocinha, Rio de Janeiro.

A pergunta:“O que você mais gosta de fazer quando não está na escola?” foi respondida da seguinte forma:

Os primeiros lugares ficaram com jogar bola (33%), brincar de boneca/boneco (28%) e assistir TV (26%). Andar de bicicleta veio a seguir, com 19%. O pega-pega ficou com 17%. Empataram, com 14 % das preferências, o esconde-esconde, brincar de carrinho e videogame. Na sequência, está brincar de casinha (10%) e, logo depois, no computador (9%). Apareceram também soltar pipa e desenhar/pintar (6%), pular corda (5%), brincar de corrida, com brinquedos (sem especificar qual), animal de estimação e estudar (4%).

Os resultados mostram que, apesar da forte presença da TV e dos eletrônicos em geral, não apenas ainda existe o Brasil das brincadeiras tradicionais, como essas ainda trazem mais alegria do que as propostas mais atuais de diversão/lazer – comenta a dra. Sandra. O dado também chamou muito a atenção do presidente do Departamento Científico de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento, dr. Ricardo Halpern: “-Obviamente que o computador e demais alternativas tecnológicas têm presença importante, principalmente entre os mais velhos. Mas as atividades clássicas, simples, ainda são uma forma de satisfação pessoal maior, fazem parte do cotidiano. Brincadeiras de rua, apesar das limitações impostas pela violência urbana, e mesmo que não praticadas, estão em primeiro lugar no desejo das crianças. A pesquisa é excelente, traz um perfil importante da criança brasileira.”  elogia.

COMENTÁRIO: POR TUDO O QUE A PESQUISA MOSTROU OS MELHORES PRESENTES PARA DARMOS AOS NOSSOS PEQUENOS NO SEU DIA SÃO: A NOSSA COMPANHIA, CARINHO E AMOR!

FONTE: Sociedade Brasileira de Pediatria, comentário: Dra. Francisca Rosangela Araújo Castro-Médica Pediatra, Alergista e Pneumologista Infantil

ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO

Acidentes na infância são importante causa de morbidade e mortalidade no mundo. Corresponde a aproximadamente 53% dos agravos à saúde de crianças e jovens no Brasil e são a primeira causa de mortalidade entre 1 e 19 anos, apesar das campanhas de prevenção de acidentes, discussões nas escolas sobre trânsito e maior difusão dos aspectos preventivos entre os pediatras.

Dentre os acidentes, destaca-se a aspiração de corpo estranho (ACE) da via aérea. Estatísticas americanas demonstram que 5% de óbitos por acidentes em menores de 4 anos se devem à aspiração de corpo estranho e esta aparece como a principal causa de morte acidental nos domicílios em menores de 6 anos.  No Brasil, a aspiração de corpo estranho é a terceira maior causa de acidentes com morte.

Aspiração de corpo estranho em crianças está associada à falha no reflexo de fechamento da laringe, controle inadequado da deglutição e hábito de levar objetos à boca. O descuido ou desaviso dos pais com determinados objetos passíveis de aspiração, como pequenos brinquedos e certos alimentos são fatores predisponentes.

O diagnóstico precoce da aspiração de corpo estranho é essencial, pois o retardo no seu reconhecimento e tratamento pode levar a seqüelas permanentes  ou dano fatal.

Nesse estudo retrospectivo, descritivo analisando prontuários de todas as crianças menores de 14 anos de idade atendidas no Hospital das Clinicas da Universidade Estadual de Campinas de janeiro de 2000 a dezembro de 2005, submetidas à broncoscopia (exame endoscópico do pulmão) por suspeita clínica de aspiração de corpo estranho.

Foram analisados 69 pacientes, com idade entre 8 meses e 12 anos/7 meses (75,4% abaixo de 3 anos), dos quais 62,3% eram do sexo masculino. A principal queixa foi tosse súbita (75,4%). Em 74% dos casos houve alteração de ausculta pulmonar e dispnéia(falta de ar) foi observada em 20 crianças (29%). Um total de 88% apresentou alteração radiológica. A aspiração ocorreu predominantemente em pulmão direito (54,8%), com material de origem vegetal, destacando feijão e amendoim (30,7%).

Comentário: esse trabalho do Dr. José Dirceu Ribeiro e seus colaboradores mostra a importância de nós pediatras pensarmos sempre na possibilidade de aspiração de corpo estranho em uma criança pequena (principalmente em menores de três anos) com início súbito de tosse pós engasgo, principalmente se a criança tem alteração na ausculta pulmonar e alteração no Rx de toráx.  O pediatra tem a missão de orientar aos pais quanto aos cuidados com as crianças pequenas.  Alimentos como amendoim, castanhas não devem ser dados a crianças menores de três anos, brinquedos com peças pequenas também devem ser evitados nessa faixa etária. Crianças pequenas necessitam de supervisão constante de um adulto.

Orientação de noções básicas das técnicas de desobstrução de via aérea alta é importante para a população leiga, principalmente para pais e cuidadores de crianças, uma vez que esse conhecimento pode salvar vidas.

Fonte: Resumo do artigo publicado no Jornal de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Autores: Dr. José Dirceu Ribeiro e colaboradores, Universidade Estadual de Campinas.

Comentário: Dra. Francisca Rosangela A. Castro, Pediatra, Alergista e Pneumologista Infantil.

Andador: perigoso e desnecessário

Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente

Desde 2007, é proibido vender, importar, e mesmo fazer propaganda de andador para bebês no Canadá. Apesar de ainda muito popular no Brasil, para bebês de 6 a 15 meses, o andador não é recomendado pelos pediatras. Os pais alegam alguns motivos para colocar o bebê no andador. Dizem que ele dá mais segurança às crianças (evitando quedas), mais independência (pela maior mobilidade), promove o desenvolvimento (auxiliando no treinamento da marcha), o exercício físico (também pela maior mobilidade), deixam os bebês extremamente faceiros e, sobretudo, mais fáceis de cuidar.

A literatura científica tem colocado por terra todas estas teses. A ideia de que o andador é seguro é a mais errada delas. A pesquisadora sueca, Ingrid Emanuelson publicou uma análise dos casos de traumatismo craniano moderado em crianças menores de quatro anos, que considerou o andador o produto infantil mais perigoso, seguido por equipamentos de playground. A cada ano são realizados cerca de dez atendimentos nos serviços de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade, provocados por acidentes com o andador. Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador. Em um terço dos casos, as lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização. Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria sofre quedas; dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de escadas.

É verdade que o andador confere independência à criança. Contudo, um dos maiores fatores de risco para traumas em crianças é dar independência demais numa fase em que ela ainda não tem a mínima noção de perigo. Colocar um bebê de menos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um menino de dez anos. Crianças até a idade escolar exigem total proteção.
O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes de desenvolvimento.

O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa com seus próprios braços e pernas.

Por fim, trata-se de uma grande falácia dizer que a satisfação e o sorriso de um bebê valem qualquer risco. Um bebê de um ano fica radiante com muito menos do que isso: basta sentar na sua frente, fazer caretas para ele e lhe contar histórias ou jogar uma bola.

Dizer que o andador torna a criança mais fácil de cuidar revela preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Caso o adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo todo ao lado do bebê, é mais seguro colocá-lo num cercado com brinquedos do que num andador. Cercá-lo de um ambiente protetor, com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas; estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador definitivamente não se enquadra neste esquema.

Existe um movimento muito intenso na Europa e nos Estados Unidos visando a implantar uma lei semelhante à canadense, uma vez que todas as estratégias educativas têm falhado na prevenção dos traumatismos por andadores.

Enquanto este progresso não chega ao Brasil, continuamos contando com o bom senso dos pais, no sentido de não expor os bebês a um produto perigoso e absolutamente desnecessário.
Para os interessados em informações mais detalhadas sobre o assunto:

• American Academy of Pediatrics. Committee on Injury and Poison Prevention. Injuries associated with infant walkers. Pediatrics. 2001;108:790-2. http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/full/108/3/790.
• Taylor B. Babywalkers. BMJ. 2002;325:612. http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/325/7365/612.
• Health Canada. Baby Walkers (Banned) & Stationary Activity Centres. http://www.hc-sc.gc.ca/cps-spc/child-enfant/equip/walk-marche-eng.php

FONTE: Sociedade Brasileira de Pediatria, Dra. Francisca Rosangela-Pediatra

Dra. Francisca Rosângela Araújo Castro                                                              www.alergiapneumologiainfantil.com.br
Sociedade Brasileira de Pediatria

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PEDIATRA NO SINDICATO
A Dra. Francisca Rosângela, pediatra, é também alergista e pneumologista na área infantil. A médica atende das 14 às 18 horas, na sede do Sindicato. Ligue e marque a consulta da sua criança.